Restrição de Acessos Administrativos e Autenticação de Dois Fatores

Restrição de acessos administrativos refere-se à implementação de políticas, controles e procedimentos que limitam quem pode acessar determinados sistemas, informações ou ambientes dentro de uma organização, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso a recursos sensíveis ou críticos. Essa restrição pode ser física (controle de acesso a locais), lógica (uso de senhas, autenticação multifatorial, criptografia) e administrativa (definição de regras e permissões de acesso).

Autenticação de dois fatores (2FA) é um mecanismo de segurança que exige que o usuário forneça dois tipos diferentes de autenticação para acessar um sistema, aumentando a proteção além do uso apenas de usuário e senha. Normalmente, além da senha, é solicitado um código temporário gerado por aplicativo autenticador ou enviado por SMS, o que dificulta o acesso não autorizado mesmo que a senha seja comprometida.

No contexto do setor público e judiciário brasileiro, a autenticação de dois fatores tem sido adotada como medida obrigatória para acesso a sistemas sensíveis, como o Processo Judicial Eletrônico (PJe) e a Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). Por exemplo, a partir de novembro de 2025, o Tribunal de Justiça do Ceará exigirá 2FA para acesso externo, utilizando aplicativos autenticadores para gerar códigos temporários. De forma similar, a Portaria CNJ nº 140/2024 determina a implementação de múltiplos fatores de autenticação para acesso a sistemas judiciais sensíveis em todo o Poder Judiciário, visando proteger dados sensíveis e evitar vazamentos.

Além disso, instituições como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (PJSC) também estão implementando a autenticação de dois fatores para e-mails administrativos e sistemas internos, reforçando a segurança dos acessos administrativos e protegendo informações institucionais e pessoais.

Em resumo, a restrição de acessos administrativos é uma prática essencial para controlar e limitar o acesso a recursos críticos, enquanto a autenticação de dois fatores é uma das principais ferramentas para fortalecer essa restrição, adicionando uma camada extra de segurança que reduz significativamente o risco de acessos indevidos e vazamento de informações sensíveis.

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